Márcio Mota do Rádio
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29 abril 2010

Entrevista com Carlos Barros diretor finaceiro da Rádio Sisal

Há quanto tempo está a frente da Radio Sisal de Coité ?
CB – A convite do Senhor Marcelo Araújo, no dia 03 de Junho de 2006 assumi a Gerência Financeira da Rádio Sisal. Ao final daquele mesmo mês passei a acumular a Gerência Administrativa.

Como assumiu os destinos da emissora ?
CB – A resposta está aquém do dia 03 de Junho de 2006. A princípio fui indicado ao Senhor Wellington Araújo, o TOM, pelos amigos Baiúca e Teones (de Jorge Tirço), que agiram em silêncio e até hoje negam tal gesto. De posse das informações, o TOM as levou ao conhecimento dos Senhores Hamilton Rios e Marcelo Araújo, ficando este último com a incumbência de fazer contato comigo. Após uma breve análise documental solicitada pelo Senhor Marcelo Araújo, a conversa foi rápida e objetiva no sentido de que Eu assumisse o desafio que a época se apresentava. Em tempo, minha eterna gratidão aos amigos Baiúca, Teones e TOM.

Uma emissora de quase duas décadas, a época em que você assumiu, lhe trouxe muitos desafios?

CB – Inúmeros. De imediato foi necessário convencer o quadro de colaboradores (funcionários) que a partir daquele momento, com o Senhor Marcelo Araújo trazendo para si a responsabilidade de condução dos destinos da Empresa Rádio Sisal, e tendo ao seu lado a minha colaboração direta e presente no dia a dia, a Cultura Organizacional precisaria ser revista, e se necessário, abolida, como realmente foi. De uma condução anteriormente paternalista, a partir daquele momento a mesma passou a ser profissional. A Empresa teria de andar com suas próprias pernas. Àqueles que se opuseram ou que não se adaptaram ao novo, se excluíram do processo. Necessário foi colocar os interesses da Empresa acima das vaidades e interesses pessoais. O grande segundo desafio foi reconquistar o espaço e a confiança dos parceiros Ouvinte e Anunciantes. Por vezes necessária foi a minha intervenção direta junto a alguns anunciantes. O terceiro desafio foi manter em condições técnicas de funcionamento a Rádio Sisal, desde quando os equipamentos já não mais ofereciam essa possibilidade, face o desgaste do tempo. Nesses momentos a sempre presente colaboração do Senhor Edvaldo de Carvalho, Diretor Técnico da Empresa, foi de suma importância. Com seus vastos conhecimentos acerca dos equipamentos anteriores, sempre encontrava uma solução para os problemas técnicos que, cada vez mais, se tornavam presentes. Contei também com a colaboração do Senhor Marco Passos, que quando solicitado ou por vezes de forma espontânea, se dispunha a me orientar quando necessário. Dessa maneira, sutilmente, fomos conduzindo o dia a dia da Rádio Sisal.


O que mais fez amadurecer a sua idéia de modernidade?

CB – Se corresse o bicho pegava... Ficando o bicho comia. Chegou-se a um beco sem saída. Os equipamentos anteriores já não mais ofereciam condições para que Rádio Sisal permanecesse no mercado. A apresentação física dos seus stúdios induzia anunciantes, que porventura se dirigissem a Rádio, a barganharem no preço dos anúncios, pois, o aspecto dos mesmos já não impunha o mínimo de credibilidade. A modernidade a que você se refere foi imposta pela necessidade. No entanto, se o seu questionamento se prende a observância de detalhes das instalações físicas, principalmente no stúdio principal, cada vez nos convencemos do acerto da contratação de um profissional da área, o Senhor Roberto Coelho, diretor da Rádio Excelsior, que nos assessorou desde a compra dos equipamentos e montagens, até o projeto arquitetônico, embora, pessoalmente, também tenha colaborado com o resultado final, ao dar um tom mais moderno no que se refere a revestimento de paredes e todo mobiliário acessório do ambiente.


O que foi feito na parte técnica da emissora?

CB – De transmissor a equipamentos de stúdio, na área de informática, etc., tudo foi renovado ao longo desse período. Na realidade, somente permaneceu de pé a antena irradiante. Tudo digital.

Após as mudanças qual sua avaliação diante do passado e do presente?

CB – O passado tem de ser lembrado como um período em que a Rádio Sisal se solidificou enquanto veículo de comunicação, através de uma parceria de contribuição ao crescimento sócio-econômico da Região Sisaleira. O presente da Rádio Sisal, remoçada, é a busca, incessante, de cada vez mais ocupar o espaço informativo e de mídia comercial dessa mesma Região.

Foi notória a revolução financeira aplicada por você. Como se sente em ser considerado pelos funcionários, como o “salvador” da Rádio Sisal?

CB – A mosca azul da vaidade não me picou... Não me vejo assim. Simplesmente cumpro o meu papel de Gestor. Aliás, o resultado desse trabalho não seria possível se não houvesse a aceitação e entrega de toda a equipe da Rádio Sisal. Objetivar, talvez seja o verbo mais necessário a uma boa gestão. Sem ele, não se projeta, não se foca no futuro. O que o Senhor chama de revolução financeira, é simplesmente o agir com responsabilidade e honestidade em relação ao dinheiro que é da Empresa a qual se presta serviço. Nesse caso não existe “salvador”... Existe condução administrativa correta.


Você está satisfeito com o resultado após as mudanças?

CB – Realizado. A certeza de que a batalha foi vencida, me faz crer que, com abnegação também serei capaz de vencer a guerra. O dia a dia nos impulsionará a novas conquistas, novas ocupações de espaços, o que implica em necessidades renovadas. Ou seja, mudanças sempre deverão ocorrer... Estruturais, comportamentais, etc. Por natureza, toda Empresa busca o crescimento...

Pretende mexer na equipe de profissionais e na programação? Quais serão os próximos passos?

CB – A Rádio Sisal queira ou não, hoje está inserida em um universo comercial globalizado, onde as fronteiras se resumem a limites territoriais. Esse mercado, a cada dia, busca profissionais antenados com as modernidades que esse mercado exige. O público ouvinte se renova dia a dia em suas exigências. A linguagem muda. O gosto musical muda. Então, aqueles profissionais que não buscarem acompanhar as necessidades do mercado, estarão se auto-excluindo do processo. As exigências do mercado determinarão os próximos passos...


CONSIDERAÇÕES FINAIS.

CB – Em Administração, certamente, o maior gargalo seja o momento de delegação de poderes. Isso por que ao se delegar poderes, não se delega responsabilidades. Estas permanecerão com aquele que os delegou. Daí a necessária escolha correta. Como ninguém traz escrito na testa essa certeza, por vezes necessário acreditar em informações e se correr os riscos. Aos poucos, a confiança depositada na minha pessoa foi se convertendo em delegações de poderes, que busquei honrar através de uma condução limpa dos destinos Administrativos e Financeiros da Rádio Sisal. Aos Senhores Hamilton Rios e Marcelo Araújo meus agradecimentos pela confiança depositada. Aliás, confiança depositada em alguém totalmente estranho ao ambiente de rádio difusão. Aqueles que apostaram que Eu não ficaria nem 06 (seis) meses à frente da Rádio Sisal, que seria descartado, cumpro o dever de cientificá-los de que consegui ir além, sempre com o apoio dos Senhores Hamilton Rios e Marcelo Araújo... A Empresa não só se recuperou Financeira e Administrativamente, más também Estruturalmente. A mudança está visível a olhos nus... Enxergá-la tão somente será uma questão de boa vontade e reconhecimento a um trabalho realizado.

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Márcio Mota