Márcio Mota do Rádio
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14 fevereiro 2011

Ronaldo se desculpa por Libertadores e não liga adeus a protestos


Fenômeno diz que manifestações não pesaram na antecipação do fim da carreira. E afirma que nunca viu torcida tão empolgante


Dois anos e dois meses depois, Ronaldo deixa o Corinthians sem realizar o grande sonho da torcida e da diretoria: conquistar a Taça Libertadores. Nesta segunda-feira, ao se despedir do futebol, o Fenômeno pediu desculpas por não ter dado ao Timão o inédito título e garantiu que a pressão exercida por torcedores desde a derrota para o Tolima-COL não contribuiu para que ele antecipasse a aposentadoria, prevista para o fim do ano.

- Quero agradecer ao presidente e pedir desculpas publicamente por ter fracassado no projeto Libertadores. O brasileiro valoriza e idolatra seu ídolo, talvez menos que em outros lugares, mas com certeza o faz. E a mim faltou uma Libertadores – afirmou.

Durante a entrevista coletiva, Ronaldo se emocionou ao falar sobre a torcida corintiana. Desde o anúncio de sua contratação, em dezembro de 2008, o Fenômeno se transformou em um ídolo alvinegro. Foram duas temporadas que fizeram a Fiel adquirir o respeito e o carinho de um dos principais jogadores da história.

- Quero agradecer à torcida do Corinthians porque nunca vi uma torcida tão empolgante, tão apaixonada e tão entregue assim a um time de futebol. Em algumas vezes, essa cobrança por resultado faz dessa torcida também um pouco agressiva, fora de controle, mas em outras entrevistas falei que não imaginava realmente ter vivido sem o Corinthians – destacou.

A temporada 2011, porém, estremeceu a relação de Ronaldo com os torcedores. Com atuações ruins e nitidamente acima do peso, o craque recebeu críticas e vaias. A situação piorou ainda mais com a eliminação do time da Libertadores. Ele foi apontado por parte dos corintianos como o culpado pela queda já na fase prévia diante de um adversário de pouca expressão na América do Sul.

Ronaldo revela que chegou a cogitar parar logo depois da derrota em Ibagué e garante que os protestos da Fiel no retorno da delegação ao Brasil não tiveram influência para que colocasse um ponto final na carreira.

- Estive próximo de tomar essa decisão no dia seguinte à eliminação na Libertadores. Os protestos jamais podem ser violentos. Eu não os levei em consideração para tomar a decisão que estou tomando hoje (segunda) – completou.

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